domingo, fevereiro 14, 2010

STOCKHOLM, Suécia - Uma imaginação real

População: 825.000



Quando se pensa em Suécia, Estocolmo, a primeira coisa que vem a cabeça são os belos loiros e as belas loiras descendentes diretos dos vikings e as pessoas estão certas, realmente os suecos são pessoas, digamos assim, esteticamente favorecidos e que despertam atenção.



Na cabeça de alguns também se imagina uma terra inúmeras vezes entre os primeiros no ranking de desenvolvimento humano, o IDH produzido pela ONU, que considera expectativa de vida, renda e educação. A Suécia atualmente ocupada a 7ª posição atrás de Holanda e na frente da França..... essas pessoas também estão certas. A Suécia é uma terra com altíssima qualidade de vida. Um lugar onde as pessoas nascem com garantia de boa educação até ganhar renda, então passam a ganhar uma renda altíssima para os padrões globais e quando idoso ou idosa vive a terceira idade com excelente qualidade.








Na cabeça dos fanáticos pelo automobilismo vem os carros que mais primam pela segurança no mundo... essas pessoas também estão certas. Os automóveis suecos apesar de não muito popular são indiscutivelmente diferenciados. Eu que não entendo muito consulto o wikipedia que diz:
"Owners are often proud of achieving high mileage;[9] one well-documented 1966 Volvo P1800S has been driven over 2.6 million miles.[10]According to some figures, the average age of a Volvo being discarded is 19.8 years, second only to Mercedes.[11] Reliability is considered better than average."
Foi a Volvo que introduziu no mercado o cinto de segurança de 3 pontos, atualmente empregado em todos os veículos no mundo. Assim como freios ABS, airbag lateral. Novidades na área de
veículos que primam pela segurança dos motoristas.



Na cabeça do administrador e do economista podem imaginar o milagre que é um país com pouco mais de 9 milhões de habitantes (a região metropolitana do Rio de Janeiro tem 11,5 milhões de habitantes) com uma economia do tamanho dos estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro somados.
Uma terra onde a vegetação é rala, as árvores levam anos e anos para crescerem, onde boa parte do ano o gelo predomina é a sede de empresas como Electrolux, Ericsson, Volvo, Scania, Ikea, H&M Hennes & Mauritz, Husqvarna, Saab.




Na cabeça do músico imagina a terra de bandas como ABBA, Ace of Base, Roxette, The Cardigans e The Hives. ABBA que sem dúvidas é o grande orgulho dos suecos e com Dancing Queen é a música deste post.


A imaginação da maioria das pessoas sobre a Suécia está correta. É uma terra incrivelmente fascinante.



Estocolmo é uma cidade constituida sobre um conjunto de ilhas ligadas por pontes, fornecendo um cenário belíssimo no verão com suas edificações reais, museus, parques e toda a estrutura que a faz uma das cidades mais bonitas da Europa. Tudo muito organizado, tudo muito limpo.






As 3 coroas, emblema nacional da Suécia, está espalhada por todos os cantos da cidade. Remete a história da Suécia que já foi um império na idade média ocupando territórios que hoje são os países da Noruega, Finlândia, Estonia, Letonia, Lituania, parte da Alemanha e Rússia.


A Finlândia era o leste da Suécia, que perdeu o território em guerra com a Rússia e posteriormente declarou independência e virou país vizinho. Ainda hoje o sueco é um dos idiomas oficiais da Finlândia. Hoje a realeza tem a rainha Silvia, filha de pai alemão e mãe sueca, que curiosamente se casou 1 dia antes do lançamento da música Dancing Queen do ABBA.


Centro velho de Stockholm, ilha de Gamla Stan. Ruas de pedra e vielas estreitas.


O tal de Estado de bem estar social é realmente impressionante.
Verão com programação nos parques com shows musicais e cinema ao céu aberto, tudo de graça, tudo organizado, tudo calmo.


Simples assim, as pessoas vão de bicicleta para o parque, deixam ela estacionada na entrada e vão curtir um dos programas de verão oferecidos pelo governo.
A arte e cultura espalhadas pela cidade. Seja nos inúmeros museus que a cidade abriga, seja com shows ou cinema no parque, seja uma exposição fotográfica na praça. Tudo muito democrático e acessível. Tudo incrivelmente bem conservado.



Tudo tem seu preço, os impostos sobre os ganhos variam na média entre 50% e 60%
Taxação que em alguns países no mundo como os Estados Unidos seria interpretado como comunismo com o governo tomando mais de metade da renda. Uma escancarada mão no bolso alheio. Isso abre espaço para muita discussão, afinal ninguém, nem mesmo os suecos gostam de pagar tantos impostos. O outro lado da história além disso que descrevi acima é uma cidade absurdamente limpa, uma cidade onde incontáveis pontes cruzam o seu caminho, mas debaixo de nenhuma delas mora alguém. Não duvido da existência de pobres em Estocolmo, mas mendigo não vi nenhum. Aliás foi a cidade onde avistei o maior número de Ferrari's e Porsche's. Suécia sim é um daqueles países onde se aplica o slogan "educação em primeiro lugar". Todos falam inglês fluentemente, um povo educado que cultua a igualdade entre homens e mulheres aprendendo isso na escola.




Verão em Stockholm é como se o tempo parasse para a vida florescer. Em pleno dia útil, durante a semana, as pessoas parecem parar os seus afazeres para tomar um sorvete ao ar livre, parar a caminhada para sentar na escadaria e descansar, levar as crianças para brincarem e se divertirem, sentar num banco da praça para conversar ou em uma das mesas ao ar livre dos restaurantes. Essa é a melhor lembrança de Stockholm, a sensação de ter uma cidade completa e estruturada para saborear sem pressa. Curtir cada minuto de um verão ensolarado. A terra dos vikings, a terra onde fica escancarado que o mais importante é viver, é ter qualidade de vida.







Curiosidade: Em Stockholm fiquei hospedado nesse barco, é o Red Boat Mälaren hostel/hotel. Recomendo pela experiência, não pelo conforto.

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